A Aliança Terapêutica

Franciéle Scalcon

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A Aliança Terapêutica, também chamada de vínculo, diz respeito sobre a uma relação dual: paciente e psicoterapeuta. Este vínculo se inicia logo após o contrato e é à base do processo psicoterápico.  Podemos dizer que este ocorre após a dissociação do ego do paciente. Ou seja, parte do paciente deseja falar do problema e a outra não quer, porque lhe causa sofrimento. Ao realizar a dissociação, o paciente irá se identificar com o terapeuta. Trata-se de um processo importante na psicoterapia: o paciente irá se identificar com a parte do ego saudável do terapeuta (já que a mente desse está mais saudável, após ter realizado sua análise).

Então, a melhora se dá quando está incorporado o ego saudável do terapeuta no paciente (DEWALD, 1981). É considerada como a base do tratamento porque, a partir da postura de acolhimento e escuta atenta do psicoterapeuta, favorecendo um clima de confiança e respeito. Sentir-se compreendido é condição essencial para que o paciente continue seu tratamento.

A Psicoterapia é o único espaço reservado para que durante a “hora de 50 minutos” Psicólogo(a) e Paciente formem uma “aliança terapêutica”, onde a transferência desempenha um papel de extrema importância. Lá podemos ser verdadeiramente quem somos, neste lugar é onde emoções inconscientes são expostas, não apenas verbalmente mas expressas de diferentes formas, as quais o/a Psicólogo/a esta preparado para perceber, sendo essenciais no processo terapêutico.